Você inicia o seu trabalho, e no decorrer dos dias o dono da empresa começa a notar que você começou bem, mas no decorrer dos dias você começa a chegar atrasado, e você pensa: “mas são só alguns minutos apenas, nada demais, o patrão tem que entender.” Não esqueça que são nas pequenas atitudes do trabalhador que vai demonstrar o grau de responsabilidade que ele tem.
E os dias passam e o trabalhador, para tudo que tiver que fazer na empresa, precisa de uma ordem do patrão, mesmo que nos dias anteriores o patrão já disse quais são as suas funções, mas o trabalhador precisa que todo dia o patrão lhe diga o que fazer, senão ele não sabe, fica esperando acontecer, sem ter iniciativa para fazer sozinho.
E se alguém pedir algo que não esteja relacionado nas suas funções, mas que ele tem capacidade para isso, que lhe é inerente, ou melhor, a empresa está testando sua capacidade de ir além do habitual, e o trabalhador simplesmente pensa: “mas não estou sendo pago para fazer isso, por que me pedem isso então?”
Esse trabalhador não tem a visão que estão lhe oferecendo oportunidades para ele alavancar em seu trabalho, para que no futuro, quando tiver uma oportunidade dele ser promovido para um cargo que precisa de iniciativa e responsabilidade ele for escolhido.
Se nós trabalhadores não mudarmos a nossa visão de pessoas que temos que ser no âmbito do nosso trabalho, tendo responsabilidade, sendo pontuais, nos vestindo decentemente, agarrando todas as oportunidades dentro da empresa, fazendo não só o que somos pagos para fazer (o que é relativo), mas ir muito além do que está ao nosso alcance, mostrando toda nossa capacidade de ajudar a empresa a crescer, sendo útil em todos os sentidos, sinto muito dizer, mas nós só vamos conseguir provar que sabemos iniciar a vida no trabalho, mas não terminar.
Logo depois de iniciar o trabalho ou vamos abandonar, por achar que estamos sendo explorados ou vão nos mandar embora, pois não conseguimos demonstrar que realmente estamos engajados em seguir em frente até o final, tendo a resiliência que todo trabalhador precisa ter para agir no seu emprego.
Outro dia eu disse para uma pessoa no meu trabalho: “Numa empresa particular, a pessoa que só diz: “eu não sou paga para fazer isso” ou não tem iniciativa própria, é logo dispensado, pois só ficam aqueles que conseguem enxergar muito além do seu próprio nariz.
É claro que não estou falando aqui que precisamos ser escravos de uma empresa.
Empresas que “sugam” seus empregados, não lhe dão o devido respeito e não pagam o que é justo, devem ser fiscalizadas e denunciadas ao Ministério do Trabalho. E vamos nós mesmos nos respeitar e procurar uma empresa mais justa para trabalhar.
Precisamos fazer algumas perguntas para nós mesmos:
Qual é o meu marketing pessoal e profissional?
O que meus colegas podem dizer sobre o meu trabalho?
O meu patrão me recomendaria para outra empresa com o trabalho que realizei na empresa dele?
O meu patrão me deixaria sair tão fácil da empresa dele? Ou faria de tudo para me manter no emprego por causa da excelência do meu trabalho?
O mundo gira numa velocidade incrível, que quando percebemos já estamos anos luz do que aprendemos no passado, precisamos estar sempre re-avaliando nossa postura profissional na empresa. Sempre evoluindo, pois as empresas sempre evoluem.
Vou dar um exemplo: Eu fiz datilografia manual numa Remington. Quando iniciei meu primeiro emprego foi num Cartório de Notas, onde só tinham máquinas elétricas IBM esfera e um único computador com o monitor com letras verdes, que era do Tabelião-Substituto e eu fui trabalhar com ele. Fiquei atordoada, pois eu só tinha feito a datilografia Manual, numa Remington e comecei digitando num computador e em IBM elétricas.
Ele nem me pediu o certificado do curso, apenas me apresentou o computador e eu sentei com os dedos gelados de medo, mas comprei o desafio e disse dentro de mim que aquele teclado era igual a máquina Remington que eu tinha aprendido a datilografar. E eu nem sabia ligar aquela máquina.
O mundo girou tão rápido que terminei o curso manual de datilografia e nunca trabalhei com uma Remington, pois as empresas já tinham trocado pelas IBMs elétricas e depois eletrônicas e hoje são os computadores.
Imagina se eu dissesse não ao meu primeiro emprego por não saber nem ligar um computador? Eu ia estar até hoje desempregada.
E, mesmo assim, o último curso que fiz do Office, foi pelo SENAC, aqui em Chapadão do Sul, eu fiz minha inscrição achando que seria um curso avançado, com a última versão do Office, pois queria ampliar meus conhecimentos, mas ao iniciar o curso vi que a versão era mais antiga que estava no meu computador pessoal, e vocês acham que desisti do curso? Não, sempre tem algo que vamos aprender, mesmo que os assuntos já tenham aprendido.
Se você está empregado e pode pagar um curso para melhorar seu desempenho no teu trabalho faça isso. Só você vai ganhar com isso. Aprimore seus conhecimentos. Vá à luta por você mesmo! Estude o que puder sobre o teu trabalho, invista em você e assim você sairá vitorioso. Não espera te pedirem algo para fazer no trabalho, tenha iniciativa e mostre que você é capaz de alcançar vôos ainda maiores no teu trabalho.
E não se esqueça de Deus na sua vida. Coloque-o em primeiro lugar na sua vida e peça a direção Dele para te guiar na sua vida pessoal e profissional.
O trabalhador que não evolui no decorrer do tempo, ele míngua e logo é substituído por outro.
Reflitam!
Cátia Marques